
Em 1512, tropas castelhanas e aragonesas, comandadas por Fadrique Álvarez de Toledo, 2º Duque de Alba, atacam o Reino de Navarra. A família de Francisco está do lado da resistência ao invasor estrangeiro, mas a conquista consolida-se em 1515, quando Francisco tem oito anos. Depois de uma tentativa de reconquista franco-navarra em 1516, na qual os irmãos de Francisco tomam parte, a muralha, os portões e duas torres do castelo da família são destruídos, assim como o fosso que é tapado, a altura da torre de menagem reduzida para metade e as propriedades da família confiscadas. Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no entanto obtido uma amnistia e sido libertados.
Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava em casa. O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e sua mãe, querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a universidade. No entanto, apesar das boas universidades castelhanas, como a de Salamanca e a de Alcalá, a mãe de Francisco não desejara naturalmente instruí-lo nas escolas do invasor, pelo que, aos catorze anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.
No Colégio de Santa Bárbara, Francisco de Xavier foi preparado para prestar provas de admissão à universidade, completando estudos em filosofia, literatura e humanidades. É ainda aqui, que aprende a dominar as línguas francesa, italiana e alemã. É lá que vive todo o período que passa em Paris, primeiro como aluno e mais tarde como professor de filosofia do Colégio de Beauvais. Consta que terá feito grande sucesso entre os colegas por ser um rapaz muito inteligente, de espírito vivo e conversa fácil, bem constituído e bonito. Há relatos de que numa competição entre estudantes na ilha do rio Sena ter-se-á consagrado como campeão do salto em altura. É neste período que tem como colegas de quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.
É no ano de 1534 que este grupo de devotos amigos, com mais quatro companheiros: Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e o português Simão Rodrigues, fundam a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade. Fazem voto de pobreza e pedem ao Papa que os reconheça oficialmente.
Enquanto anseia o reconhecimento do Papa, que só acontecerá em 1541, o grupo parte para Veneza com o objectivo de alcançar a Terra Santa. É aí, a 24 de Junho de 1537, que Francisco de Xavier é ordenado padre. Não chegando a pisar a Terra Santa em virtude da guerra entre venezianos e turcos, o grupo parte para Roma, onde Francisco serve por um breve período.
Festa: 3 de dezembro
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